José Murilo – Divulgação. 

Conversa acontece no dia 10/06 na programação do projeto “22 Entrevistas non Bicentenário da Independência”

Por meio dos panfletos da Independência é possível contextualizar o cenário político do Brasil quando deixou de ser colônia. Para falar sobre o assunto, a Academia Mineira de Letras convida o professor e historiador José Murilo de Carvalho para uma conversa que integra o projeto especial “22 entrevistas no Bicentenário da Independência”. No dia 10 de junho, o presidente da AML, Rogério Faria Tavares, conduz a entrevista “Os panfletos da Independência”, que será transmitida pelo YouTube da AML, às 19h30.

O evento acontece no âmbito do Plano Anual de Manutenção AML (PRONAC 203709), realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e duzentos médicos cooperados e colaboradores – e da CEMIG. Copatrocínio da Tambasa.

Em entrevista ao presidente da Academia Mineira de Letras, Rogério Faria Tavares, o Professor José Murilo de Carvalho, membro da Academia Brasileira de Letras, fala sobre a imponente obra que organizou, em quatro volumes, junto com os professores Lúcia Bastos e Marcello Basile.

Lançada pela Editora da UFMG em 2014, “Guerra Literária: Panfletos da Independência (1820-1823)” reúne um impressionante volume de textos produzidos, no contexto da Independência, na forma de panfletos, cartas, análises, reflexões, projetos, sermões, orações, discursos, catecismos, dicionários, poemas e relatos.

Tais textos circularam com grande frequência e intensidade naquela época, configurando um espaço público de debate e exposição de ideias e contribuindo para formar a opinião pública a favor da Independência do Brasil. Cumprindo o papel de levar notícias e informações a uma plateia mais ampla, composta não apenas pelas camadas letradas da população, eles ainda serviram para disseminar os valores do Iluminismo e, ainda, para combater as pretensões de Portugal de continuar dominando o Brasil.        Durante a entrevista, José Murilo aborda um pouco do conteúdo dos 362 textos que estudou, levantando, também, o perfil dos cerca de noventa autores dos panfletos. O historiador e professor ainda fala sobre os panfletos que circularam no Brasil por ocasião da chamada Guerra Cisplatina, conflito ocorrido entre o Império do Brasil e as províncias unidas do Rio da Prata, entre 1825 e 1828, pela posse da província cisplatina, hoje o Uruguai.

No final da conversa, o historiador ainda refletiu sobre o Brasil duzentos anos depois da Independência, revelando grande pessimismo quanto à situação atual e lamentando a incapacidade da sociedade brasileira de promover políticas mais eficazes de promoção da igualdade social.

O bicentenário da Independência do Brasil será celebrado em 2022. Considerando a importância da data, a Academia Mineira de Letras preparou uma programação de um ano e meio para falar sobre o assunto. O projeto “22 entrevistas no Bicentenário da Independência” conta com bate-papos conduzidos pelo presidente da AML, Rogério Faria Tavares, e convidados que são referência nos assuntos abordados. As transmissões serão pela plataforma Zoom e poderão ser acompanhadas pelo YouTube da AML.

Além das palestras on-line inéditas que integram a programação 2021, a Academia Mineira de Letras disponibiliza mais de 200 palestras já realizadas para que o público possa ver e rever.

Sobre o palestrante:

José Murilo de Carvalho nasceu em Piedade do Rio Grande, em Minas Gerais, e se formou em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre e Doutor em Ciência Política pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, concluiu seu Pós-Doutorado em História da América Latina pela Universidade de Londres. Professor Emérito da UFRJ, é membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Ciências. Entre seus livros mais importantes estão “A construção da ordem: a elite política imperial” (Editora Campus, 1980), “Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi” (Companhia das Letras, 1987), “Teatro de Sombras: a política imperial” (Edições Vértice, 1988) e “A formação das almas: o imaginário da República no Brasil” (Companhia das Letras, 1990).

SERVIÇO:

Palestras virtual “Os panfletos da Independência” – com José Murilo de Carvalho

Data: a partir de 10 de junho, às 19h30

Acesso: Youtube.com/c/AcademiaMineiraDeLetras

Instituto Unimed-BH

Associação sem fins lucrativos, o Instituto Unimed-BH, desde 2003, desenvolve projetos visando ampliar o acesso à cultura, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, valorizar espaços públicos e o meio ambiente e contribuir com a formação para a cidadania. É responsável pela realização do Programa Sociocultural Unimed-BH que, ao longo de sua história, destinou cerca de R$140 milhões ao setor cultural, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura e da Lei Federal de Incentivo à Cultura, gerando milhares de postos de trabalho, impulsionados pelo patrocínio de mais de 5.200 médicos cooperados e colaboradores. Anualmente milhares de pessoas são alcançadas por meio de projetos de cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Neste ano, todas as iniciativas do Instituto celebram os 50 anos da Unimed-BH. Saiba mais em www.institutounimedbh.com.br.

Cemig

De onde vem a nossa força?

 A Cemig, maior patrocinadora cultural de Minas Gerais, acredita na importância e na valorização da arte e da cultura para o desenvolvimento humano, econômico e social de uma população como possibilidade do alcance de um futuro melhor para as novas gerações.

 A preocupação da empresa em promover a socialização e a democratização do acesso aos bens culturais do estado se baseia principalmente no compromisso da Cemig com a transformação social e inclusão, uma oportunidade de dialogar e trazer melhorias para a comunidade. Nossa força também vem da cultura. Saiba mais em www.cemig.com.br

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