Nação Zumbi, Flávio Renegado, Lenine, Maneva e outras bandas agitaram o evento multicultural, que também contou com basquete 3×3, skate, slackline e grafite ao vivo
Foto: QUARTO ESTÚDIO
*Por Felipe de Jesus e Heberton Lopes/Grupo Balo de Comunicação
A segunda edição do Festival Vibra ocupou o Parque Municipal Américo Renné Giannetti durante o final de semana. De sexta a domingo, muita música, arte e esporte, que são o lema do Festival, divertiram o público, realizado pelas produtoras Full, Casulo e SleepWalkers e que contou com patrocínio da Souza Cruz, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais. Nos três dias de evento, grandes nomes da música como Nação Zumbi, Flávio Renegado, Lenine, Maneva, entre outros, agitaram o palco.
Na sexta-feira, os mineiros do Graveola abriram a programação oficial do Palco Gramado, que logo em seguida recebeu o show da Orquesta Atípica De Lhamas, banda que subiu ao palco pela terceira vez na carreira e surpreendeu o público pela animação e swing. A banda Nação Zumbi agitou o Vibra com a mistura de rock pesado, rap e tambores de maracatu. O vocalista, Jorge dü Peixe, parabenizou os organizadores do evento: “Em tempos de recessão econômica, conseguir realizar evento tão bacana como o Vibra, é uma vitória e também uma alegria para os amantes da música”, disse. No palco montado no Largo Chico Nunes, Deskareggae Sound System e Uai Sound System fizeram o público dançar.
O segundo dia do Festival Vibra contou com o groove do Zevinipim, o reggae do Lagum e toda a animação do rapper mineiro Flávio Renegado, que subiu ao palco com mensagens sobre consciência política e repúdio ao preconceito, interpretando músicas autorais e também alguns sucessos de Jorge Ben Jor. Em seguida, o cantor Lenine subiu ao palco com seus hits e apresentou o último show da turnê “Carbono” no evento. “Como é bom participar e um festival dentro do Parque Municipal. Aqui a energia é demais e o local maravilhoso, pois temos muito verde e muito ar puro”, comentou o artista, satisfeito pela escolha do local do evento. No Largo Chico Nunes, Deskareggae Sound System e a Família de Rua animaram os presentes.
O reggae e o ska foram os ritmos dominantes na última noite do Festival Vibra. Para esquentar o público, a banda Pequena Morte envolveu os presentes com o som contagiante. O palco se transformou em uma grande festa no show seguinte, do cantor Gabriel Elias, que recebeu convidados de peso da cena do reggae nacional, como Edu Ribeiro, Tati do Chimarruts, Marceleza do Maskavo e Zeider, do Planta & Raiz. Para encerrar a noite e o festival com chave de ouro, o grupo Maneva levou os fãs ao delírio. “Como é bom estar em uma cidade que gosta tanto da gente e que sempre nos acolheu tão bem. O carinho de vocês, o ambiente e essa festa maravilhosa fez o evento ficar melhor ainda”, disse o vocalista Tales de Polli. Ainda no domingo, o palco do Largo Chico Nunes recebeu os shows de Velejante, Inquilinos, Tremetorax e Seletores Deskareggae com as participações de Lucas Rasta e Lelo Youth.
Simultaneamente aos shows, durante os três dias, foram realizados torneios esportivos nas modalidades Basquete 3×3, Skate e Slackline. Uma das propostas do Vibra, foi trazer os esportes para ser protagonista dentro de um festival. Os torneios tiveram sucesso de inscrições e participações, oferecendo premiação em dinheiro, além de troféus e medalhas. Todos os torneios foram realizados em parcerias com entidades esportivas de cada modalidade, dando um caráter profissional aos torneios.
O artista Luis World foi o responsável por impressionar o público com o grafite desenhado ao vivo, do lado do Palco Gramado. No primeiro dia, as formas da logomarca do Festival Vibra já estavam contornadas. Já no sábado, as cores foram preenchendo alguns espaços e o desenhista já estava finalizando o seu trabalho para uma grande surpresa ao público na última noite de evento: uma projeção mapeada nos traçados feitos na tela, feita pelo VJ Panick, que gerava uma animação mesclando os elementos impressos e as luzes do potente projetor.
Organização
De acordo com o organizador do evento, Tomás Dias, da produtora Full, o Vibra surgiu depois de experiências vividas por ele. “Frequentei festivais por todo o Brasil e alguns no mundo e captei alguns movimentos e tendências que estavam rolando. Aliado a isso procurei inserir algumas outras atividades, como o esporte e a arte, e logo surgiu o Vibra”, disse.
Já para Henrique Chaves, da Sleepwalkers, que também atuou na organização do Vibra, mesmo sendo um período complicado para a economia brasileira, foi um desafio satisfatório trazer o evento à BH. “A decisão de fazer os três dias foi uma escolha acertiva. A recessão econômica está aí, mas procuramos trabalhar com preços acessíveis para o público e isso deu certo. A ideia aqui era essa mesma, trazer as pessoas para o parque, até porque fazer no Parque Municipal foi essencial para um evento deste porte. Temos que sonhar grande para que os eventos aconteçam e foi isso que aconteceu aqui e que fizemos. O público sentiu a energia do local e isso foi o melhor e tudo”, disse.
Danusa Carvalho, da produtora Casulo, explica que ao conceber o Festival Vibra, a curadoria priorizou valorizar a cena local. “A nossa grade tem em sua maioria artistas locais, desde bandas iniciantes, como Velejante, até nomes consagrados, como o Flávio Renegado”, disse a organizadora, que adianta que o intuito da iniciativa é se firmar no calendário mineiro de eventos.
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