Show na Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes, marcou o lançamento do novo trabalho da cantora; músicas já estão disponíveis nas plataformas digitais Spotify e Deezer


Capa – foto by Athos Souza

Grandes nomes da chamada nova MPB têm sido revelados e uma nova safra de cantores está conquistando o público.  Marina Araújo com certeza já faz parte desse hall de artistas que vem se destacando. Seu EP “Sem Pressa Pra Amar” (2017), recém lançado, é uma daquelas pérolas da música que valem a pena serem preservadas e ovacionadas. O disco traz seis canções e transborda romantismo aliando o que há de melhor, sonoridade de qualidade, belo vocal e muito profissionalismo, visto pela produção realizada por Felipe Fantoni e Márcio Brant (FM Produções Artísticas).

Se era preciso passar uma boa impressão para os amantes da MPB, no EP “Sem Pressa Para Amar” a cantora já consegue desde a primeira canção, Nunca Tem Fim, envolver o ouvinte. Já na segunda canção, que intitula o álbum, Marina Araújo mostra que não existe tempo para amar os pais, amigos, namorados (as). Aliás, a característica marcante no trabalho da cantora é justamente a mensagem de que o amor deve ser demonstrado.

Mais, terceira canção do álbum, revela uma cantora (em sua intimidade) apaixonada. Os trechos iniciais da canção mostram bem isso: “Bastou você sair daqui, foi quando eu percebi, que um pedaço meu se foi com você. Fica um pouco mais chega perto se desfaz”. Já a canção Par Perfeito, quarta faixa do EP, leva o ouvinte a pensar sobre os romances duradouros e que dão certo desde o início. Para os fãs do cantor e compositor Nando Reis, a letra caberia muito bem, em minha opinião, em algum disco do artista.

Não Demora, quinta faixa do disco de Marina Araújo, mantém a linha apaixonada da cantora. A profundidade da letra envolve e ao mesmo tempo mostra uma ansiedade que todos nós seres humanos temos quando estamos apaixonados: “Me diz que não demora. Eu tô contando os segundos pra gente se amar. Vem de peito aberto. Sou teu destino certo. Traz o seu sorriso, faz dele meu abrigo”. Em Reza, faixa que encerra o EP, escrita em 2011 e uma das minhas preferidas, a cantora se aproxima do romantismo de Adriana Calcanhoto do disco Senhas (1992) e A Fábrica Do Poema (1994), mas claro, com uma característica única da cantora Marina Araújo.

 Show de lançamento

Marina Araújo subiu ao palco da Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, no último sábado (16) e mostrou toda a sua versatilidade. Além das canções do EP, ela tocou músicas que sempre fizeram parte das suas apresentações nos bares e casas de shows como Lilás, de Djavan e sucessos de Tim Maia e Renato Teixeira. A artista, que demonstra ser muito mais apegada à mensagem da letra do que com o estilo musical, cantou magistralmente e com um jeito que imprimiu a sua identidade, a música Medo Bobo, sucesso sertanejo da dupla Maiara e Maraisa.

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