Crédito da foto: Tati Vargas | Instituto Mame Bem.

Realizada pelo Instituto Mame Bem, a mostra pode ser visitada no saguão do Sesc Palladium até o dia 26 de fevereiro

O saguão do Sesc Palladium está com dezenas de fotos que retratam os primeiros 1000 dias de vida. A mostra começou junto com o Congresso Brasileiro de Amamentação, do Instituto Mame Bem, em 16 de novembro e segue disponível para visitação até o dia 26 de fevereiro. A exposição retrata o caminho de quem tem a vida transformada ao gerar e conceber a chegada de um filho ao mundo.

A gestação, o parto, a amamentação, o puerpério, o bebê fora do útero. “Momentos encantadores, mas também desafiadores. A gente não pode romantizar tanto a maternidade, principalmente porque o percurso das mães nem sempre é o mesmo e está tudo bem. Temos que procurar soluções para os obstáculos que surgem ao longo do maternar. Algumas mães perdem o bebê durante ou logo após o parto e compartilhar essa dor com o mundo, também é uma forma de conforta-la”, diz a doutora e fundadora do Instituto Mame Bem, Tati Vargas.

O nascimento, a primeiro aleitar, as primeiras palavras, o engatinhar, a introdução alimentar, os primeiros passos. Momentos como estes estão registrados com emoção e sensibilidade nas mais de 80 fotos espalhadas pelos corredores do Sesc Palladium. “Eu e mais 4 profissionais da Fotografia formamos o conselho curatorial dessas fotografias que revelam as dores e delícias da chegada de um bebê e o percurso por até 2 anos, de quem nasce e de quem tem a vida modificada a partir desse nascimento. Temos trabalhos de 12 fotógrafas. Toda essa trajetória merece ser registrada, guardada no coração e compartilhada com o mundo, precisamos trazer visibilidade para o maternar”, considera Tati.

Mortes prematuras: rompendo o silêncio do luto dos pais
Parte da exposição foi dedicada às gestações que não chegaram aos nove meses completos e a partida precoce dos bebês durante ou pouco após o nascimento. “Fizemos esse espaço com muito carinho para acalentar um pouco dessa imensa dor dos pais que perderam um filho e não tiveram a oportunidade de construir memórias do desenvolvimento dos bebês. Essas crianças existiram e mudaram a vida das pessoas ao redor delas. Nesse espaço temos uma colcha de retalhos com recadinhos cheios de sentimento, de familiares agradecendo pela passagem transformadora desses bebês em suas vidas”, finaliza.

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