Entenda como a infecção no ouvido pode ocasionar perda auditiva

A dor de ouvido pode ser um sintoma de otite, ou seja, infecções e inflamações no órgão. Ela pode ocorrer na estrutura externa, média (local mais comum) ou interna do ouvido. “A otite externa ocorre quando a infecção acomete a parte externa do ouvido, sendo causada por fungos e/ou bactérias. Eles podem entrar no ouvido ou serem conduzidas por cotonetes, grampos, tampas de canetas ou o próprio dedo. Esse tipo de otite é mais comum no verão devido à maior proximidade com praias e piscinas, já que quando a água entra no ouvido a otite pode aparecer. Já nos casos de otite média, que é a mais comum, a inflamação ocorre na orelha média. Geralmente é a evolução de uma gripe, resfriado ou infecção respiratória. Pode ocasionar dor intensa e súbita; outros sintomas também são comuns, como febre alta e mal-estar geral”, explica a fonoaudióloga Tatiana Guedes.

Se não tratada corretamente, pode evoluir para um quadro de otite crônica, onde os sintomas se arrastam por mais de 12 semanas. “Diferente da otite média, pacientes que sofrem com otite crônica não costumam apresentar sintoma de dor. A otite crônica também pode ter como causas a perfuração do tímpano, a disfunção da tuba auditiva ou o trauma mecânico”, revela.

Cuidados

Em muitos casos de otite, é comum a perda auditiva, que  é uma condição temporária. Mas, se não tratada, essa perda de audição tem a possibilidade de se tornar permanente. “Fique atento aos sintomas descritos acima e procure sempre um médico. Ele irá avaliar o quadro clínico e solicitar exames complementares como audiometria e imitanciometria. O tratamento das otites pode ser medicamentoso ou cirúrgico, dependendo da causa e extensão da infecção”, esclarece a especialista.

Para perda auditiva ocasionada pela otite e de forma permanente, há a necessidade do uso de aparelhos auditivos. “Quando a perda auditiva é uma consequência da otite, se faz necessário o uso de aparelhos de amplificação sonora individual (AASI). Os aparelhos de audição são uma extensão do tratamento, sendo capazes de restabelecer a capacidade auditiva e trazer qualidade de vida”, finaliza.

Fonte: Tatiana Guedes Santólia Martini é fonoaudióloga sob o CRFa 6-3289. Sócia e diretora da clínica SONORITÀ Aparelhos Auditivos. Especialista em Audiologia, com vasta experiência em Seleção, Indicação e Adaptação de Aparelhos Auditivos.

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